Ir a Chapada Diamantina para curtir a natureza exuberante de perto, suas matas e cachoeiras sempre esteve no roteiro dos que buscam algo mais que praia e sol nas férias e feriadões. Mas a Chapada agora tem algo mais a embalar seu clima ameno nas agradáveis noites desse fim de verão e outono.
O potencial turístico da região é inegável o que faz desse pedaço especial de Bahia um dos principais destinos do ecoturismo no Brasil, mas agora as longas caminhadas durante o dia, muitas delas de tirar o fôlego, são recompensadas quando o sol se esconde e bate aquele friozinho próprio das serras.
O cultivo de uvas selecionadas permite a fabricação de elogiados vinhos e espumantes que não ficam a dever nada às outras regiões produtoras do país.
A implantação das vinícolas, assim, como o cultivo de várias espécies de uvas, ainda é recente na região, mas esse potencial já se tornou um chamariz a mais para os turistas que visitam a Bahia e buscam, nessa época do ano, em que a região litorânea enfrenta temperaturas mais baixas, não apresentando as características de verão, clima mais ameno.
Com a capacitação para a produção, os agricultores familiares recebem mudas, para que, associados em forma de cooperativa, comecem a produzir vinhos finos e espumantes. Com isso, a Chapada Diamantina começa a se destacar e a competir com uma outra região vinícola, mas com características climáticas diferentes.
São nove tipos de uvas (Cabernet Sauvignon, Monblanc, Syrah, Sauvignon Blanc, Moscato, Chardonay, Malbec, Petit Verdot e Cabernet Franc) que estão a produzir as primeiras garrafas de vinho e espumante. Nos últimos anos, por meio de estudos e experimentos, evidenciou-se que Morro do Chapéu reúne as condições ideais de clima e solo para a produção de frutas como uva, abacaxi, maçã, tomate cereja e morango.
O plantio de uvas começou em 2010, a partir de uma parceria entre produtores, prefeitura, governo estadual e a União das Cooperativas da Região de Champanhe, na França, em um investimento.
As condições climáticas e de altitude (1.200 metros acima do mar) são ideais para uvas de boa qualidade. A região recebe duas vezes mais chuva que Petrolina e Juazeiro, principal polo vinícola do Nordeste. A ideia é complementar a produção do Vale do São Francisco, que produz mais de 8 milhões de garrafas por ano.
Como chegar
Para quem vai de avião
Destino Lençóis – O aeroporto Horácio de Matos, no município de Lençóis, recebe voos regulares a partir de Salvador/BA, São Paulo/SP e Belo Horizonte/MG e está a 20 km do centro da cidade, na BR-242.
Voos: Quintas e domingos.
Destino Ibicoara – O aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo, em Vitória da Conquista, recebe voos regulares a partir de Salvador/BA, Belo Horizonte/MG, São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória/ES e está a 215 km de Ibicoara.
Dica: Alugar um carro para o trajeto Vitória da Conquista x Ibicoara, cujo percurso é feito em torno de 3 horas.
Para quem vai de carro
De carro você terá mais liberdade para organizar o próprio roteiro. Para aproveitar melhor seu tempo, trace o itinerário com antecedência, traga mapas e/ou GPS., O percurso, saindo de Salvador, é pela BRF-324 até Feira de Santana, e de lá pegar a Estrada do Feijão (BA-020) até orro do Chapéu.
Lembre-se: mesmo de carro é necessário contratar um guia para ter acesso à maioria dos atrativos naturais.
OBS: Diariamente saem ônibus que passam ou fazem parada final na cidade, saindo do Terminal Rodoviário de Salvador.